quinta-feira, 3 de janeiro de 2008


Arte LL

VERSOS NOVOS

Parece um espasmo. Profundo.
Um parto de dores múltiplas.
Início das coisas últimas.
Um zero redondo e rotundo!

Indício do que será sucesso.
Um aborto de alívios rápidos.
Final de longos sonhos cálidos.
Inconcebível e improvável recomeço.

Ai de mim que ainda penso no tempo
e que vivo esperando milagres.
Esperança minha não se vai com o vento...

Ai de mim que ainda piso em ovos
e que morro de medo de maldições.
Benção maior é sempre ter versos novos...
.
.

3 comentários:

Rossana disse...

Ainda bem, meu amigo, que vc resolveu dividir conosco todo esse potencial que existe em vc. Precisamos disso, de novos versos, novas poesias, novos talentos. Sensacional seu espaço.
Beijos

NET WINES disse...

Pela sua Intransigência

Vida ingrata, que tanto maltrata,
o meu violão. Talvez eu refaça, com a minha cachaça,
pra ver se esqueço a moça sem graça, que com tanta trapaça,
levaste embora, o meu coração.
Sem medo de nada, na madruga, cheirando a trago de alcatrão.
Estante vazia no canto da sala, escondendo a poeira,
da louca paixão. Respiro bem fundo e canto pro mundo,
a sua promessa de não mais ter fim.
Resgato o passado, juntando os cascalhos,
da minha noção.
Eu falo baixinho, bem grave aos vizinhos,
que ela se foi.
Que foi por aí, que encontrou outro Norte.
Embora sem sorte, a vida embate com tanta maldade
a sua vontade, de não mais sentir.
Olhando pro nada, com corpo de estátua,
meu peito parece, não mais resistir. Gostaria que virasse samba, mas ainda não consegui arranhar suas cordas.

Léo Gama

Isa Blue disse...

palavras bem (es)colhidas.