sexta-feira, 18 de janeiro de 2008


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MANIFESTO

Não. Não suporto a ignorância das massas.
Incomoda-me essa catarse popular sombria
em torno de mitos populares, religiosos...
Multidões cultuando o efêmero, o bizarro.
Os campeões do mundo e seus esparros
em seus submundos repletos de desilusão.

Será que o orgulho nacional não aflora
de maneira portenha, na base do panelaço,
para tirar o cabaço dessa história brasileira
repleta de equívocos e maledicências?
Até quando seremos adjacências ?
O cu do mundo onde a falsa é a verdadeira!

O que leva a reprodução de nossa espécie?
Somos filhotes vira-latas sem raça e sem rabo.
Sem tradição democrática, resistências parcas
restritas a uma meia dúzia de zumbis idealistas
misturados a outra meia dúzia de racistas,
fazendo o óbvio, o bovino, mas deixando marcas...

A impressão que tenho é que preciso partir.
O desejo que sinto é o de nunca mais fingir
ter o que não tenho, ser o que não sou.
De juntar-me às multidões em fúria ensandecida
linchando cada corrupto, cada homicida.
Sem um pingo de pena de quem me roubou!

Não. Não falo só por mim ou por alguém.
Falo pelas multidões silenciosas e anônimas.
Falo do que me fere e pelo que protesto.
Somos todos reféns de nossas consciências
a mercê de nossos destinos ou coincidências.
Sem vergonha de fazer e de mostrar seu Manifesto!
.
.

Um comentário:

Eliana Tavares disse...

O problema é esse cansaço, essa preguiça mudar as coisas...
beijos