sábado, 12 de julho de 2008


arte L.L.

A minha saudade não tem tamanho.
Ocupa o corpo. Em todo, em parte.
Me deixa tonto, me torna um mártir.
Saudade é mesmo um sentimento estranho...

A minha saudade não tem juízo.
Escuta vozes, não faz as pazes.
Me faz de louco, provoca gases!
Saudade, nunca mais! Eu não preciso!

A minha saudade não tem direitos.
Disputa espaços, me prende. É um laço!
Me dá, me toma, me induz ao vício.
Saudade é a falha de um amor perfeito.

A minha saudade não tem fachada.
É clandestina, é gringa, é palestina.
Me aterroriza, me atrai e me alucina.
Saudade boa nunca foi provada.

A minha saudade não é discreta.
Geme alto, grita baixo, é surda!
Me comove, deixa minha poesia muda.
Saudade é vida na forma incompleta!
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