sábado, 15 de dezembro de 2007



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SONETO DO SONHO ESTRANHO

Sonhei que eras uma potranca.
Grande, esguia e vistosa.
Corrias bela e toda prosa
até algo a tornares manca.

Um espinho cravou-lhe a dor
e a agonia te invadiu o casco.
Deitaste, porém, num pasto
esperando cavalgar de amor.

E o sono, ao invés do desejo e da luxúria,
fez da raia que corrias a alegria espúria
de parca e turva visão dos meus olhos-bandeira...

Te tomei em montaria, meti-lhe o chicote
e em teu lombo uivei feito lobo, feito coiote!
Na interminável fênix de minha vida inteira...
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